Postagens nas redes sociais distorcem e falseiam fatos ao alegar que o CEO da Pfizer, Albert Bourla, cancelou recentemente uma viagem a Israel porque não foi vacinado contra a Covid-19 (veja aqui). A mudança de planos ocorreu em março deste ano e, mesmo naquela época, o executivo já havia recebido a primeira dose do imunizante. A segunda foi aplicada três dias após o anúncio do cancelamento.
Esta peça de desinformação tem sido compartilhada no Facebook, onde reunia ao menos centenas de compartilhamentos, e no WhatsApp (Fale com Fátima).
Não é verdade que Albert Bourla, CEO da Pfizer, cancelou recentemente uma viagem que faria a Israel porque não se vacinou contra a Covid-19. As postagens checadas trazem um enunciado do Jerusalem Post, mas omitem que a notícia foi publicada em 7 de março deste ano, quando, de fato, o executivo anunciou o cancelamento de uma visita ao país. Naquela época, Bourla já havia tomado a primeira dose do imunizante. A segunda foi aplicada três dias depois da desistência da viagem, conforme ele divulgou no Twitter.
O executivo apresentou como motivo para o cancelamento da viagem o fato de não estar completamente vacinado, embora a entrada de pessoas nessa situação não fosse proibida em Israel. Em fevereiro, o jornal Haaretz noticiou que cientistas e acadêmicos mandaram uma carta a Bourla pedindo para que ele adiasse a visita para evitar exploração política pelo então premiê Binyamin Netanyahu.
Em dezembro, o CEO da farmacêutica, que tem 59 anos, disse em entrevistas às emissoras CNN e CNBC que não furaria a fila da vacinação e que esperaria sua vez no cronograma estabelecido em Nova York (EUA), onde mora. Na época, Aos Fatos checou postagem enganosa de que ele havia dito que não tomaria o imunizante da Pfizer.
Referências:
1. Jerusalem Post
2. Twitter Albert Bourla
3. Ministério da Saúde de Israel
4. Haaretz
5. CNN
6. CNBC